“Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio(...)”

28 outubro 2006

13 outubro 2006

pedaços de mim


Surgem por entre sentimentos profundos de tristeza ou de euforia. Numa atmosfera onde reina um silêncio não partilhado, o meu.

Quando o cérebro os começa a desenhar, o coração acompanha-o. É um processo intenso de vontades, onde mora tantas vezes a revolta de que é feito o meu corpo, mas também a doçura que este transpira.

Aos meus olhos, os pensamentos e emoções que os precedem começam a ter uma forma, um sentido. É assim que ganham vida. Estes meus rabiscos.
13 de Outubro de 2006

o amor


a cor
mágica

o aroma
inebriante

o gesto
terno

o som
inconfundível

o sabor
estonteante

-----------------------------------------------------------------------------------------------------13 de Outubro de 2006

desejos


Quero ser criança, pegar numa bola e ir para o pátio mandar chutos até me cansar.

Quero ser adolescente, pegar em ti e contigo fazer amor até o amanhecer.

Não quero ser adulta, pegar em mim e dar voltas e mais voltas, sem saber que rumo tomar, que jogo jogar, que amor fazer...

1 de Outubro de 2006

realidades


Trocam beijos quentes e saborosas meiguices. Não falam do depois, vivem simplesmente o agora. Invade-os um nervoso miudinho. Daqui a poucos minutos, cada um seguirá o seu trilho. Vidas bem distintas. Eles sabem. Eles não comentam.

4 de Setembro de 2006

A distância é um obstáculo que se contorna. O silêncio é mais duro. O silêncio dói quando não é partilhado.

O aroma que deixaste em mim invade-me os dias. Trago-te à flor da pele.

1 de Outubro de 2006

06 outubro 2006

o amor



[A Noiva Cadáver, Tim Burton]

01 outubro 2006

as tuas palavras


“um beijo, uma carícia,...”

Encontramo-nos
e beijamo-nos
arduamente.

É inevitável
Eu estou aqui e
assim te desejo...

E tu? Por onde vagueias neste instante?

“...um gesto terno e prolongado, um olhar encantado,...”

A Lua e o Sol tinham um amigo em comum. No tempo da escola, viam-se algumas vezes ao fim da tarde. Nunca falavam deles, do que sentiam. Naquela altura, o amigo comum era o que os unia.

Iam para casa juntos, a Lua, o Sol e o amigo. Subiam o monte. Ela subia mais alto e pensava nele. Ele era bonito e sensível. Sempre sonhou com ele.

Um dia, sonharam o mesmo sonho. Iam agora só os dois para casa. Desta vez o destino foi o mesmo e subiram os dois mais alto. Ele fez dela a mulher mais feliz do mundo. Sim, no sonho já eram adultos. Ela mulher, ele homem. Viveram o momento que tanto desejavam, como se não fosse um sonho, como se fosse mesmo de verdade. Era uma noite de Janeiro.

“...um desejo que não acaba, uma certeza difícil,...”

“O beijo foi um impulso, era inevitável, soube a mel - doce, suave, calmo e relaxante. O olhar para ti logo de seguida, foi lindo demais - não parecia verdade de tão bom que era o que estava a acontecer, o que estava a sentir...

A conversa que tivemos, as palavras que trocámos, foi tudo tão puro...

Sentir-te a tremer de emoção quando me agarraste nos teus braços, me beijaste e balançámos ao som da música...

Todo o cuidado, preocupação e delicadeza com que me trataste depois - nunca vou esquecer cada pormenor daquelas horas em que os dois fomos um só.

A tua respiração acelerada, as tuas mãos a percorrer o meu corpo, foste tão maravilhoso, és tão maravilhoso!

A tua língua macia a saborear-me e a dar-me tanto prazer. Com todo o carinho foste agarrando o meu corpo, com as tuas mãos, com os teus braços levaste-me para o meu aconchego.

Eu não te larguei, era impossível fazê-lo. Sentia o teu calor, o nosso calor...“

“...uma loucura fantasiada, ...”

O Sol encanta a Lua. A Lua inquieta o Sol.

29 de Setembro de 2006