“Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio(...)”

23 setembro 2006

momento


É noite, quase dia já. Por entre danças, músicas e bebidas ingeridas à toa experimentou-se uma sensação de euforia adolescente. Todos a sentiram. Embalados por uma alegria conjunta, caminham agora pela calçada. Ouvem-se as gargalhadas tolas e descontraídas de quem fugiu à rotina naquele dia, naquela noite. Espera-os mais à frente a praia, a areia, as ondas do mar.

Não são exageros, são liberdades merecidas.

Feliz de quem tem a oportunidade de entrar no mar de madrugada, de partilhar a agitação das ondas, de ser enrolado pelo mar selvagem. Felizes foram todos eles por terem tido essa tal oportunidade.

Ali se viveram repentinas loucuras. Repito, ali se viveram repentinas loucuras!

Brindemos ao momento!

23 de Setembro de 2006

???


Tento desenhar-te mas não encontro o contexto adequado. Tens os traços de um amigo. Amigo não és, os amigos constróem elos.

Tento agora descrever-te, talvez seja mais fácil. Tens a lábia de um amante. Os amantes cuidam, amante não és.

Não te consigo desenhar. Não te consigo descrever.

Que raio és tu na minha vida?

6 de Setembro de 2006

[...]


Rodou uma vez sobre si mesma e nada aconteceu. Insistiu na roda, mas à sua volta tudo se manteve inalterável. Era impressionante como não havia qualquer mudança após todo o seu esforço. Nunca foi de desistir, tomada por um instinto de raiva, girou, girou, girou até ficar tonta e quase cair no chão. Desta vez algo a agitou. Agora já não havia volta a dar. E até lhe parecia mais gira esta nova fase da sua vida. Tonta!

6 de Setembro de 2006