“Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio(...)”

29 dezembro 2009

a ternura



Ilustração - James Jean

Ter quem te espere, ter naquele recanto da vida uns olhinhos meigos à tua procura, que te encontram e te acariciam por dentro, libertando dentro de ti um quentinho bom. O conforto que nos dá um ser assim, não consigo descrever o sentimento, é demasiado intenso, é demasiado meu.

Os pequenos prazeres da vida. Se são daqueles que já foram e não voltam mais, não se devem nunca esquecer. Aprendemos assim, que os que agora sabemos existir os devemos cuidar para não os descurar, como quando nos abraçamos à noite por entre os lençóis da cama, já ensonados e prontos a sonhar, proteges-me tu a mim e eu a ti, e aquele momento é só nosso e é infinito de prazer.