“Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio(...)”

04 janeiro 2010

o desespero



Ilustração - James Jean

Olhas para ela como se a conhecesses de outros caminhos, caminhos esses que recusas recordar, ou porque não precisas deles e dela para nada do que agora és, ou simplesmente porque é assim que agora te apetece sentir e na altura em que esses aconteceram não eras afinal ninguém, nem para ti nem para ela...

E afinal é tudo imaginação dela, que sente que alguém a persegue e que o que em tempos foi dito não pode agora ser falado. Acabou-se a constrição! Gostas dela desde sempre e não há nada que a destrua dentro de ti! Vais senti-la. Viverás a tua vida para sempre com ela, para sempre com ela... menina pequenina, difícil de encontrar e de por ela lutar! Fala o que tens a falar.

Quem pensa que nascemos livres? Livres não nascemos, está já tudo desenhado para nos enredar na dita sociedade, padrões e mais padrões, que se lixem os padrões! Quero ser livre, quero ser livre para sempre! Não quero ter sentimentos forçados, quero ser egoísta ao máximo, não me preocupar com este ou com aquele só porque tem de ser, quero-me preocupar com aquilo que quiser e quando eu o quiser!

A liberdade é uma menina pequenina com asas para voar. De que lhe serve o nome se não o conseguir expressar? De que lhe servem as asas se delas não desfrutar? Às vezes parece que está tudo virado de pernas para o ar, mas no fim de contas só tens de rodar a cabeça e olhar para as coisas tal como elas são, tal como sabes que elas são! Mas são tantas as vezes em que não tens coragem, aparentemente falta-te a coragem. Mas afinal, quem és tu quando ages assim?


Sem comentários: